As uranocircitas de Malacacheta, em Minas Gerais, são minerais raros e altamente colecionáveis, conhecidos por sua coloração amarela a verde-amarelada vibrante e seu brilho marcante. Trata-se de um fosfato hidratado de uranilo e bário, com fórmula química Ba(UO₂)₂(PO₄)₂·10H₂O, pertencente ao grupo da autunita, e se forma em zonas de oxidação de depósitos uraníferos, geralmente em veios hidrotermais e pegmatitos alterados.

Em Malacacheta, uma região mineralógica do leste mineiro, as uranocircitas ocorrem em pequenos bolsões e cavidades, muitas vezes sobre matriz de quartzo ou caulim, formando agregados tabulares ou lamelares de intensa fluorescência sob luz ultravioleta. A raridade e a estética dessas amostras fazem delas destaque em coleções voltadas para minerais radioativos ou fosfatos secundários.

Além da beleza visual, a uranocircita exige cuidados específicos devido à sua composição radioativa e à sua estrutura cristalina delicada e hidratada, que pode perder água ao longo do tempo se exposta ao ar seco, à luz intensa ou ao calor.

Por isso, ao adquirir uma uranocircita de Malacacheta, é fundamental manter a amostra armazenada em sua caixinha original, longe de luz solar direta, e evitar o manuseio com as mãos diretamente sobre o mineral. O contato deve ser mínimo e preferencialmente feito com pinças ou luvas, para preservar tanto a integridade da peça quanto a segurança do colecionador.

Trata-se de um mineral que une raridade, cor marcante e importância científica, mas que exige respeito e conservação adequada para manter sua beleza intacta por gerações.