A opala da Etiópia é uma das gemas mais fascinantes da atualidade, conhecida por seu jogo de cores vibrante, translucidez marcante e aparência quase mística. Descoberta em depósitos significativos a partir dos anos 2000, principalmente na região de Wollo (ou Welo) e, posteriormente, em Shewa, essa opala rapidamente ganhou prestígio no mercado internacional por sua beleza única e diversidade de padrões.

Trata-se de uma opala hidratada de sílica (SiO₂·nH₂O), muitas vezes classificada como opala hidrofana, ou seja, que pode absorver água e temporariamente alterar sua transparência ou brilho. Essa característica não diminui seu valor — pelo contrário, reforça sua origem em ambientes geológicos ativos, onde águas sílicas ricas se infiltram em rochas vulcânicas e lentamente formam camadas amorfas de opala.

As opalas etíopes podem apresentar flashes de azul, verde, laranja, vermelho e até violeta, frequentemente dentro de uma base clara translúcida, o que permite que a luz interaja profundamente com sua estrutura interna, gerando o famoso efeito opalescente.

Além de sua beleza, a opala da Etiópia representa a riqueza mineral do chamado Chifre da África, e se tornou uma das principais fontes mundiais da gema, rivalizando com as tradicionais opalas australianas.